Tintas
- Eflorescência (formação de manchas
esbranquiçadas na parede pintada, por causa do reboco úmido)
- Saponificação (junção da umidade com
substâncias da cal e do cimento que compõem o reboco, formando manchas)
- Desagregamento (a pintura se solta da parede,
junto com parte do reboco, esfarelando)
- Descascamento ou calcinação
|
Neste
home-theater, a parede onde fica a TV de plasma foi pintada com uma tinta látex
acrílica fosco no tom cereja. Além de transmitir energia, a cor sofistica o
ambiente. O projeto é da arquiteta Noura van Dijk. |
Na maioria das vezes, quando
pensamos em renovar os ambientes em nossa residência, escritório, empresa ou
qualquer outro imóvel em questão, simplesmente nos atentamos para as questões
estéticas e para os valores dos orçamentos referentes aos custos desse
processo, sem dar tanta importância às questões técnicas que o envolvem.
E no caso da escolha das tintas,
por exemplo, a situação não é diferente, pois normalmente nos preocupamos com
as cores que utilizaremos, se a tinta tem cheiro forte ou não, e sobre seu
rendimento por m².
Para obter um bom resultado na
pintura, todo o sistema precisa ser adequado. Isso inclui a preparação da
superfície, a escolha da tinta e de produtos complementares, a utilização das
técnicas corretas para aplicação dos produtos.
Características fundamentais das tintas:
A qualidade de uma tinta é dada pela análise de oito itens:
Estabilidade: diz da propriedade que o produto deve ter em
manter-se inalterado durante o seu prazo de validade.
Cobertura: é a capacidade do produto em ocultar a cor da
superfície em que for aplicado. Alertamos que a diluição interfere diretamente
na cobertura, razão pela qual deve ser feita exatamente como indicada (o item
cobertura não se aplica aos vernizes).
Rendimento: definido pela área que se consegue pintar com
um determinado volume de tinta.
Aplicabilidade: corresponde à facilidade de aplicação. Em
uma aplicação convencional, não podem ocorrer respingamento e/ou escorrimento
da tinta.
Nivelamento: propriedade de formar uma película uniforme,
sem deixar marcas de aplicação.
Secagem: processo pelo qual uma tinta líquida se converte
em película sólida.
Lavabilidade: é a qualidade que a tinta deve ter em
resistir à limpeza com produtos de uso doméstico sem afetar a integridade da
película.
Durabilidade: significa a resistência que a tinta deve ter
sob a ação das intempéries (sol, chuva, maresia, etc).
É importante ressaltar que tais características variam de acordo com
o produto. Linhas diferentes de tinta têm variadas finalidades e se acordam com
o local de aplicação.
Preparação
da superfície a ser pintada
É preciso fazer uma limpeza
completa, que remova qualquer material que possa contaminar a pintura. A
superfície precisa estar firme, uniforme (sem buracos ou rachaduras), seca e
sem poeira, gordura, graxa, sabão ou mofo. Antes de pintar, é preciso verificar
e corrigir imperfeições na parede, com argamassa ou massa corrida. Em caso de
reboco novo, é preciso aguardar 28 dias no mínimo para a sua secagem, antes da
pintura.
Os principais problemas causados
pela falta de uma preparação correta da superfície são:
Escolha das
tintas
A escolha da tinta deve ter como primeiro critério
a superfície onde será aplicada: alvenaria, metal ou madeira. O segundo
critério básico é o local onde será aplicada: interior ou exterior do imóvel e
o tipo de cômodo.
Após a definição do local, é importante verificar
se a tinta atende às especificações mínimas determinadas pelas normas técnicas
brasileiras. Esse é o melhor critério técnico para saber se uma tinta tem
padrões mínimos de qualidade. Vários fabricantes de tintas participam do
Programa Setorial da Qualidade – Tintas Imobiliárias, ligado ao PBQP-H do
Ministério das Cidades, que tem como objetivo melhorar a qualidade das tintas
no mercado brasileiro. Esses fabricantes estão comprometidos em fabricar seus
produtos com a qualidade exigida por estas Normas. Os participantes do programa
podem ser conhecidos em www.tintadequalidade.com.br, onde também podem ser
encontradas dicas de pintura, simuladores de ambiente e outras informações.
Tintas da mesma cor, mas de fabricantes
diferentes, normalmente apresentam pequenas diferenças de tonalidade. Procure
usar tinta de uma só marca em um mesmo ambiente.
Materiais
necessários para a pintura
Além das tintas, fundos e massas, é necessário ter
rolos, trinchas e pincéis, caçambas ou bandejas, fitas adesivas, lixas,
espátulas de aço (para aplicar massas em pequenas áreas e remover a pintura
velha) e desempenadeiras de aço (para aplicação de massas em grandes áreas).
Para todas as ferramentas e equipamentos, é
importante estar atento à sua qualidade e à adequação para a utilização pretendida.
Em relação aos rolos, pincéis e trinchas, o que
determina é a utilização que terão. Para áreas maiores, usam-se rolos, que são
de diversos tipos. O pincel e a trincha são utilizados para a aplicação de
esmaltes, vernizes, tintas a óleo, tintas látex e complementos, como fundos
para madeiras, para metais, seladores etc. São especialmente indicados para
pintura que não seja lisa e tenha muitos detalhes; em alvenaria são úteis para
requadrar a superfície. A trincha é mais usada do que o pincel.
Existem diversos modelos de pincéis e trinchas,
que devem ser escolhidos conforme a tinta a ser aplicada.
Os tipos de tintas e suas aplicações
Para paredes de alvenaria: Os principais tipos são as tintas látex acrílicas, tintas
látex PVA, tintas vinil-acrílicas e texturas. Em ambientes internos, podem ser
aplicados os três tipos de tinta látex – Econômica, Standard e Premium –,
cabendo a cada consumidor, de acordo com seu gosto, a escolha da cor e do tipo
de acabamento (fosco, acetinado e brilhante). Em ambientes externos (fachadas),
em que existe a necessidade de maior resistência, em função do intemperismo,
devem ser usadas as tintas classificadas como Standard e Premium. Existem ainda
tintas para aplicações específicas, como para utilização em banheiros ou em imóveis
no litoral, que têm características apropriadas para esses ambientes.
Tintas acrílicas são um dos tipos de tintas látex:
existem tintas látex PVA e tintas látex acrílicas. A principal diferença entre
elas é a resina utilizada. As tintas PVA usam acetato de polivinila, enquanto
as acrílicas são à base de resina acrílica. Existem ainda as tintas
vinil-acrílicas. Muita gente ainda acredita que as tintas acrílicas são
indicadas para uso externo enquanto as PVA estão restritas aos ambientes
internos, em função de fatores como lavabilidade e durabilidade. Essa
informação nem sempre é verdadeira, pois existem tintas acrílicas Econômicas,
indicadas apenas para uso interior, assim como tintas látex PVA Standard e
Premium, que podem ser aplicadas em fachadas sem nenhum problema.
Para as madeiras (portas, janelas etc.): É sempre recomendado o uso de vernizes, stains, esmaltes
ou tintas a óleo, que evitam rachaduras e trincas e as protegem de
envelhecimento precoce, desbotamento e deterioração, repelindo a água e
combatendo a formação de fungos, além de manter o ambiente agradável. Madeiras
em áreas externas, expostas à ação do sol, chuva e maresia, devem receber
atenção especial, com vernizes com filtro solar e esmaltes Premium.
A escolha do acabamento para a madeira (verniz,
stain, esmalte ou tinta a óleo) depende do gosto pessoal e de fatores como o
local de aplicação e o grau de proteção desejado. É preciso destacar que nem
sempre a solução tecnicamente mais adequada será a que mais agrada ao cliente,
do ponto de vista estético. Da mesma forma, uma escolha feita levando-se conta
exclusivamente os aspectos estéticos poderá não trazer a solução para o
problema existente.
Em termos de características e de efeitos
estéticos, existem diferenças entre os três tipos de produto. Os stains
colorem, são sempre foscos, não escondem o substrato e não formam filme sobre a
madeira, conferindo um aspecto mais natural e rústico a ela. Já os vernizes
podem ser usados, nas versões brilhante e acetinado, para dar um acabamento mais
sofisticado, destacando o substrato. Diferentemente dos vernizes e stains, as
tintas a óleo e os esmaltes escondem os veios da madeira e a colorem.
Para metais: Os produtos indicados são os esmaltes e a tinta a óleo,
tanto para o interior quanto para o exterior dos imóveis.
Tintas epóxi: São uma boa opção para a utilização
em pisos, especialmente em locais de grande circulação, por apresentarem
excelentes propriedades físicas, mecânicas e químicas (ou seja, têm excelente
resistência à abrasão, aderência, dureza, resistência a água etc.). São
indicadas para áreas internas, pois a ação dos raios solares é danosa a essas
tintas.
Massa corrida: A massa corrida (massa niveladora)
é usada para corrigir imperfeições rasas no reboco, sendo indicada a massa
exterior para superfícies externas e massa interior para superfícies internas.
Após a aplicação da massa, deve-se esperar que
seque para então lixá-la, respeitando o tempo recomendado pelo fabricante.
Depois disso, deve ser retirado o pó com um pano limpo e então o local pode ser
pintado.
Aqui vai um vídeo explicativo para você saber como preparar
sua parede para pintura
https://www.youtube.com/watch?v=2GHQx4SstH4
Referencias
http://drfaztudo.com.br/blog/2015/09/04/a-tinta-ideal-para-cada-ambiente/
http://www.abrafati.com.br/noticias-e-artigos/informacoes-gerais-sobre-tintas-e-pintura-imobiliaria/
http://pro.casa.abril.com.br/profiles/blogs/pintura-escolhendo-a-tinta
http://www.abrafati.com.br/informacoes-uteis/os-tipos-de-tintas-e-suas-aplicacoes/